O OTIMISTA INDIGNADO
Deixem-me em paz com meu desencanto,
Com meu espanto diante do ponto
Em que chegamos.
Os escombros do futuro
Ferem as ruínas do passado
E o caos é presente e imanente.
A vida tem gosto de lixo e morte.
Em nossa sociedade doente.
Mesmo assim,
Me embriago de esperança
E tomo um porre de potência
Contra o mal feito das circunstâncias.