Conveniência
Um jogo de interesses é a vida social
Nem sempre prevalece o bom senso
Não raro o bem perde feio para o mal
Por tão pouco cria-se clima tão tenso
Canalha quer o que lhe é conveniente
Estúpido engrossa o coro e dá guarida
Sábio é vencido com o alheio inocente
Então se faz a complexa trama da vida
O que parece tão justo não é tão óbvio
Grande interesse está por trás de tudo
Basta dar ao povo o pão, o circo e ópio
Mesmo indignado ele permanece mudo
Os sistemas de poder são corrompidos
Sem que a grande massa tenha ciência
A elite econômica tem lucros garantidos
A vida segue segundo sua conveniência.