PRECIOSIDADES (181)
A J A N G A D A
Ei-la singrando a imensidão dos mares,
tão frágil, tão veloz e independente,
deixando a praia, busca outros lugares,
sem medo, sem temor, inconsequente.
Lançada ao mar . . . As ondas pelos ares . . .
Vai conquistando o mar azul, fremente,
não há tristeza, dores, nem pesares . . .
Só a jangada deslizando à frente.
As ondas vêm e vão . . . E chega a tarde,
aflora um sentimento de saudade
e ela retorna cheia de emoções . . .
Quantos sonhos viajam na jangada,
mas ao raiar da madrugada
vai para o mar repleta de ilusões.