Homenagem - Sonia Prazeres
Dois escritos dos meus perdiletos. Como podes tamanho talento...
A ti, flor maior desse Recanto... Mísera e singela homenagem.
Todo um Jardim
Havia uma chuva de cores
Sol, arrebol, lua, arco-iris
Havia um porto seguro
Calor que aquecia a tudo
E o que era frio, triste e mudo
Tornou à vida de um jeito,
Que nunca mais foi desfeito.
Agora uma chuva - que seca
Sol, arrebol – calor de deserto
Lua, arco-íris – cores desfeitas
Porto que não se tem mais por perto.
Alegria que não se esquece
Tua mão e teu sorriso
E quem se alojou desse jeito
Tem ares de eternamente...
Chegou semente, fincou raiz,
E é todo um jardim neste peito.
Sônia C. Prazeres ©
Benção
Estar ungido de silêncio e de vontade
Estar atento à vida e o que é lição
Contar que está vivendo uma verdade
Caminho pra outras tantas que virão.
Estar ciente da trilha desejada
Andar por ela mesmo que questionem
Sentir no peito a paz de andar crescendo
Para verdade de existir e ser fiel ao seu intento.
Ter dúvidas que surjam, sempre tantas
Ter força e ter vontade, ‘inda que doa,
Saber arar a terra a ser plantada
E pôr nesse plantio, amor e esperança.
Rever o sol que anda em todo lado
Como se fosse seu – algum presente
Sentir regar a chuva, o seu plantado
E ver brotar o fruto da semente.
Seja a vida essa colheita demorada
Mas que venha em abundância
Sabedoria e paz, de amor irrigada.
Sônia C. Prazeres ©