Tempestade anunciada
Ninguém me viu passar
Subi lentamente
E, sozinha, observei o mar
A chuva caía forte
E as ondas batiam nas pedras
Já quase não havia luz
Os assobios do vento
Balançando as palhas dos coqueiros
A sensação de vazio
O mundo tinha parado
Numa fração de tempo
Entre o dia e a noite
E no meio da tempestade
Encolhida diante da fúria
Encontrei paz, e sorri
O silêncio
Precedendo o estrondo