Internet.

É obscena...

Ela enfeitiça

Revemos cena...

Ela nos acena

Me rouba cena...

Reinventa a Milena...

Me conecta a tudo...

Me desconecta de tudo...

Me serve o palco...

Me rouba o teatro da vida...

Da existência, da ociosidade.

Personaliza dando brilho a uns.

Despersonalizamos quem já fomos...

Ela me informa, me conforma, me forma

Conforme a forma da formalidade canalha.

Ela reinventa, o bem, o mau, o nosso melhor...

Nosso pior, me serve máscaras, me serve outros Eus...

Mescla amigos, colegas, inimigos, tendo o que não tenho.

Se sofro! Escondo. Se amo? Compartilho. Liquidamente sou eu.

Ela me encanta, me revela, me revelo, apenas minhas alegrias ética de lá.

É obscena...

Ela enfeitiça...

O bom vício?

Pra que virtude?

Comunicamos com o mundo...

Isolamos os do nosso mundo...

Brincamos, divertimos, rimos...

Ela educa me deseducando...

Ela deseduca, me educando

Ela é a luz do mundo moderno...

É também a escuridão da contemporaneidade.

Ela rouba meu tempo da vida, de vida, para a vida.

Ela oferece um tempo, um espaço ao e no isola (do) mento.

Ela me vende falsos brilhos que alimenta em mim o nada pro nada.

Ela, se bandida é querida, se artista, aclamada, ela até se faz poesia no dia.

Daniel Rosa danipoeta
Enviado por Daniel Rosa danipoeta em 01/10/2019
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