Aventureiros da Dor

Jovens e velhos de mãos dadas andam na balada/

Conhecendo o mundo/

Numa fome voraz/

Riam um riso desprezível e comum/

Iniciam pelo rum/

Curtem o gênero que vier/

Dependem da grana e de suas malicias/

Viciados nos excessos dos prazeres/

Assumem a moda/

Matam e morrerem/

Importa viver a liberdade, que todos se iludem ter/

Mulheres, drogas e prazer/

Maculavam seus corpos/

Escravizavam suas almas/

Amam indistintamente a falsos ídolos/

Seguem as celebridades/

Por ignorância, orgulho ou preconceito/

Deixam no interior da sua cidade a simplicidade/

Esquecem as origens/

Como aborígenes/

Mas quando a luz apagar/

A música e as vozes daquelas festas silenciar/

E já não se encontrar a porta/

Cuide pra sair às pressas/

Antes de sussurrarem aos seus ouvidos/

Que o dia amanheceu/

Que tudo é ilusão/

Que o seu tempo acabou/

Pois a aventura termina, quando não há nada mais de você/