Condessa dos sonhos...

A ilusão de tê-la fora da mente,

De sentenciar-se nas vestes do seu corpo,

Perder-se no seu ar diferente,

Sem temer, sem questionar cada momento,

Vi-a entre as córneas do meus olhos,

Sua forma sensual preenchia meus sonhos,

Palavras são poucas para descrevê-la,

A emoção delira para amá-la...

O proibido do seu ventre,

Da textura única da sua pele,

Tons castanhos reluzentes,

Ardente, pelo que se sente,

Atrevi-me a despi-la na mente,

Condenei a minha vontade,

Absorvi o pecado, a maldade,

Entreguei-me nas suas garras,

Senti o tacto das suas parras,

Os seus poros comunicavam,

Com as palmas das minhas mãos,

Aos poucos sentia a combustão...

Combinava toques com afagos,

Suspiros mesclados com gemidos,

Caminhavam lentamente os dedos,

Para despir o preto que a cobrirá,

Tão intenso tom de negro,

Na sombra dos meus devassos desejos,

Calei-a com envolventes beijos,

Li cada segundo o seu respirar,

Propus-me naquele instante lhe amar,

Navegar na imensidão do seu mar,

Pois os olhos não se continham,

Aos poucos a comiam,

Aquela seda, as rendas eram excitante,

Que deixava-me cada vez mais envolvente,

Eu não poderia fazer diferente,

Arranquei-as, joguei-as de lado,

E com a boca percorri aquele corpo do pecado,

Dediquei-me somente a ela,

Preste a desvendar das mistério da sua alma,

Em lençóis ou no chão feito cama,

Sua pernas entre abertas,

Prontas para minhas perguntas,

Aquelas que só eu sei as respostas,

Ousei-me a provar dos seus seios,

Enquanto meus dedos alcançavam seus meios...

Seu corpo aquecia feito brasa,

Seus gritos estremecia a casa,

As paredes absorviam nossas vontades,

Nossos delírios, sem mágoas...

Minha língua em prospecção,

Senti o sabor da sua excitação,

Percorria a sua profundidade,

Matando no silêncio toda saudade,

Somente a ela meu dedicava,

A condessa dos sonhos,

Nossas almas sincronizadas

Seguindo os meus caminhos,

Na volúpia de nos entender,

Muito além da razão e do prazer,

Fazendo dela a menina, ao mesmo tempo mulher,

Dos insanos sentires,

Dos labirintos que desvendávamos em nós

E dos gritos proporcionado pela voz...

Eis que nossas almas atingiram a liberdade,

Entre orgasmos e convulsões continuas (...)

(M&M)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 29/09/2019
Código do texto: T6756655
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