MIRTES E OS ANJOS VINGADOS VII
Os versos no verso
do corpo desenhado,
De costas pra caverna
ferido de lágrimas
sangrentas , era Cristo!
O ódio do templo fétido
de sanguessugas do tempo
das escrituras verdades
conjuntas das tribos, era Cristo!
Porém , tu Deus , nega
que minha vontade
possa estar nos passos
e rastros no espaço
que as crias partes do
teu corpo percorrem
no estranho desejo
da ordem dos anjos
de ficarem mais belos
iluminados de poder
pra conceber-te mundos?
Lúcifer , no prazer e na volúpia
O homem faz sementes
germinarem do ventre
onde o amor está morto!
Crescem pobres espíritos
querendo sugar do mundo
o meu destino , e vão a igreja.
Comem o pão de trigo selvagem
Invenenam o rio de água doce
A precoce menina brindando
sua vida entre os sonhos
é uma malícia sangrando
no escuro , e vão a igreja.
Eu não ordenei
para abrirem túmulos!
Eu entreguei minha luz
como homem como pedra
pra ser escrita em carne viva
no coração dos que por ele
podiam ouvir-me
E tu ousou brincar
E brindar com vinho
o sangue que corria
daquela cruz maldita!
Oh, nobre Divindade
Na pobreza dos olhos
cegos de um "reino"
que a terra podia sentir
em suas entranhas
entrando e se erguendo
Ninguém era mais nobre
do que tudo no teu começo!
Onde buscas o pergaminho
da pureza, eu ditei outras
certezas e vou colher.
As plantas agora são minhas!