Sonolento Vulto
Pintei a lua cheia
Com tinta a óleo transparente…
Restou-me um cheiro de noite,
Tal qual devaneio a deslizar em meu corpo –
Rabiscos de um amor em fúria
Que as minhas palavras teimam em criar,
Tonificando, assim, os meus dias
De devidas energias outras de vida
A resfriar um querer
Sentido – Culto Sagrado,
Sonolento vulto de plenitude lavado,
Silente e escuro,
Que, noturno, não apoquenta
O sossego alinhavado na tela,
Vibrante,
Pungente,
A competir com o sol oculto
Latente comigo – Um clarão…
Emergente em mim –
Gozo…
[Hummmmmmmmm
Frio.........................................................
Que me abranda e desfaz.
Parede, 25,09,2019.