CONTRASTES
De repente tudo se sente
Meu silencio torna-se gritante
Tudo fim volta ao que era antes
Encontro-me num novo desencontro
O todo se torna em nada e o nada é tudo
Sinto a enormidade de minha pequenez
Nesta terra enorme que é um nada neste Universo
Tanto tempo sem tempo para recomeçar o fim
Largamente exprimido em meus pensamentos
Jogo para dentro o que para fora se deve jogar
Nestas alturas sinto-me no chão
Minha mente não mente para meu coração
Uma vez mais o nunca mais aparece
Ao esquecer o que acontece este lembrar me aparece
Afogo a alma no raso profundo na demora da vinda do próximo segundo
Ando correndo, parado, agora, estando aqui dentro de ti estou fora
A doce amargura, às vezes consola como no desespero deste agora
Ao chegar a hora daquela partida, do abraço não chegado, a despedida
Vago vago, de tantos sentimentos, minha bondade nos maus pensamentos
Está leve este peso que carrego por dentro, estou livre, não me prendo a nenhum julgamento
Estou assim, a cada segundo uma nova mente renasce em mim e este corpo chegando ao
FIM
(arnor milton)