Folhas do Destino
Majestosamente visito-me quando a minha poesia redijo...
Ao entrar neste ensaio - gabinete especial,
Traço absurdos de mim...............................................
Releio-me na imperfeita ortografia que me transfuge
Nestas margens das imagens riscadas
A transitarem independentes
E errôneas...
Embrulho as frases soltas...
Fico embrulhada nelas...
E, amanhã e depois, e depois de amanhã, e depois
Deste outro dia, tornarei a compô-las e a ler-me
Novamente...
Para, enfim, desembrulhar o que está solto e também
Desembrulhar-me,
Dando sequência a um livro estúpido -
Impressões ridículas diárias,
Páginas e páginas inúteis,
Consagradas a um itinerário desviado -
Roteiro com folhas rasgadas do destino,
[Involuntário equilíbrio
Que me povoa e robustece.
Cascais, 25-09-2019.