DESÂNIMO
Noite de sexta-feira
Me arrisco a escrever um poema
Penso em ti
Enquanto as palavras
Oscilam entre
A solidão e o silêncio
À espera de ti
Na turbulência da noite
Reluz a morbidez dos instantes
Da janela avisto alguém
Dormindo no meio-fio
Talvez seja um mendigo
Ou alguém alucinado
Sonhando com planetas e estrelas
Desconfiando da existência das coisas
Me bate o desânimo
A folha continuará em branco
Para (in)felicidade da musa