DESPUDOR...

Aferrolham-se as janelas

descerram portas

ocasos no horizonte

surdes na noite surdina

despudorada de vestes

impudica em seu dorso

aprazimento é o que me reveste.

Seios incandescentes

queima meus puderes

fulgurantes de amores

sucumbimos em marasmos

uma intrigante Quimera

à bela e a fera.

Ecoa o seu clamor

prazeres e amor.

Engaveto nossos medos

em fantasias e arremedos

nas correnteza do seu néctar

me embriago nos seus afagos

em cantigas de fado

dormitas em mim

êxtases sem fim.