Aquarela da Cissa
Cissa de Oliveira
Eu amo a poesia, os versos,
a aquarela das frases poéticas.
Até mesmo as incendiáveis:
euforia às sextas-feiras de tardezinhas
efêmeras como cinzas ao vento.
Eu amo sim, a poesia. Incondicionalmente.
Principalmente quando ela finge
se aquietar, túrgida como a semente
a germinar, sem saber,
sob a terra úmida
do meu fragmentado tempo.