A VIDA COMO IMPOSSIBILIDADE SOCIAL
Confesso que ainda não comecei a viver.
Ao longo de anos realizei mil tentativas.
Todas elas não me conduziram a qualquer forma bem sucedida de existência.
Tenho sido apenas um rosto, um nome trivial, no jogo de ser e não ser, de morrer aos poucos em sociedade.
Só aprendi que viver é ser corpo,
Ser livre como um animal selvagem.
Mas fui educado para não saber do mundo,
Me conformar aos outros na prisão de mim mesmo,
na ilusão de um eu abstrato que me ensina o dizer das coisas.