O QUE HÁ EM MIM
No âmago
Da minha alma
Há um que de
Anjo, arcanjo...
De paz, plenitude,
Bondade, misericórdia,
Compreensão, calma...
De perdão.
Na superfície
Do meu coração
Há um que de maldade.
Disfarçado em forma de fogueira
E ardente qual brasa,
Às vezes, me dá asas
Para que eu aprenda a voar.
N´outras vezes, corta-me as asas.
Para que eu viva a rastejar.
Não é tão bom - o meu anjo.
Ponderado, inconsequente...
Nem tão mal - o meu demônio.
Consciente, ébrio...
Basta-me
Aprender a domá-los!
Basta-me
Ter o necessário equilíbrio.