Um diamante e um coração para Layla
Havia mundos de graça e dor em seus olhos
na última vez que nos vimos,
você passou por mim
e fez questão de fingir não me ver
eu aceitei, Layla, de você aceito tudo
doce amante, tão solitária quanto a lanterna
perdida,
me mostre o custo real da fé
e estarei sempre ao seu lado.
Confesso que tentei te alcançar, mas seu
passo
era firme e reto
não havia curvas
não havia balanço
eu não estava tão bem,
o dia havia me castigado um pouco.
Eu voltei para casa com minha resistência
despedaçada
troquei café e pão
por um prato cheio de resmungos
tais eram as promessas,
e me ajoelhei, Layla, faria qualquer coisa
para ter um dia azul e branco com você
eu trocaria 1001 noites
e curaria suas chagas com meu óleo
de rícino
daria todas as estrelas que se apagam
e se acendem em outro céu
embora, agora que a chuva baixa
sua sinfonia,
eu perceba que, os mundos de graça
e dor
que havia em seus olhos
na última vez que nos vimos,
não pulsavam por mim.
Doce amante, tão solitária quanto a lanterna
perdida,
me mostre o custo real de tanto amor
e sempre estarei ao seu lado.
Então me levantei com meus joelhos doridos
jantei meu prato cheio de resmungos
e esqueci as promessas
escovei meus dentes,
fiz minhas orações
e me deitei numa cama grande e fria
sob uma noite vasta e veloz.