POESIA TODO DIA
Todo dia, todo dia,
reinvento a poesia,
num grito mudo, calado,
que vem lá do meu passado,
um passado já ausente,
que se faz, aqui, presente
incomodando e tirando
a paz que eu tinha,
e era minha.
Para quê? Me diz você.
Melhor deixá-lo onde está
esquecido, escondido,
como algo indefinido...
Não quero, sequer, me lembrar
dos amores que eu tive,
e que ainda sobrevivem
quando me banha o luar.
Bem difícil é o verbo amar,
não sei mais o conjugar.
Todo dia, todo dia,
reinvento a poesia,
num grito mudo, calado,
que vem lá do meu passado,
um passado já ausente,
que se faz, aqui, presente
incomodando e tirando
a paz que eu tinha,
e era minha.
Para quê? Me diz você.
Melhor deixá-lo onde está
esquecido, escondido,
como algo indefinido...
Não quero, sequer, me lembrar
dos amores que eu tive,
e que ainda sobrevivem
quando me banha o luar.
Bem difícil é o verbo amar,
não sei mais o conjugar.