CADEIRA DE BALANÇO

Olhava da janela o dia

Na velha cadeira de balanço

Havia sombras nas cortinas

Sombras antigas sonolentas

Da mãe a embalar o filho

Que não queria dormir

Olhava da janela o mundo

Na velha cadeira de balanço

Momento de descanso

Nas tardes sonolentas

De noites infinitas

Persistentes em não dormir

Cortinas balançando ao vento

Entardecer garoento

Olhava a cadeira da janela

Vovó sentada e em torno dela

Crianças atentas sem piscar

Que história irá contar?

A cadeira na janela

Quantas ideias viu passar?

Bastava nela sentar

Sentir os sonhos nascer

Vendo sombras na cortina

Quantas crianças adormeceram?

Ah! Cadeiras e janelas

Havia uma na sala

Outra no corredor

Havia um vaso de flores

Colhidas no jardim

A cadeira de balanço

As sombras da cortina

O tempo passou na janela

Mas não saiu de mim

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 20/09/2019
Reeditado em 20/09/2019
Código do texto: T6749355
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