NO ÚTERO DA MÃE VIDA
Autoria: Regilene Rodrigues Neves
Ah! Meu místico cavaleiro mago
Estou entranhada na tua alma
E por ela inebriada da tua essência fascinante
Marcante de vidas passadas
Onde o guerreiro empunhado da sua espada
Luta braviamente no útero da mãe vida!
O poema da história lê a vida:
No desamparo do amor materno
A criança sofre o abandono
A fuga em mata virgem
Como basta aos sofrimentos
A tormenta enclausurada
Dos monstros das estórias contadas
O dragão símbolo mágico de proteção aparece
A lágrima da emoção chora sentimentos
Mas a força interior supera os caminhos...
Trava a batalha o guerreiro cavaleiro ceifador
Empunha seu cajado dilacerado
No vale da sombra e da morte
Mas o cavaleiro é voraz
Sustenta sua espada
Passa pelas guerras passadas da fome do espírito
Enfrenta o mau na purificação da alma
Até que alcance o merecimento do bem e dele
Se alimente em profusa esperança...
Nasce o mago cavaleiro de paz
Alado de um dragão imponente se protege
Das fagulhas da mãe vida
Que lança sobre ele estilhaços que sangram
A ferida aberta escorre sentimentos no tempo
A sensibilidade absorve
A luta advinda é purga
O dragão o recria de passagens lúgubres...
Lança o fogo que cerca o guerreiro
Queima os pecados em cinzas que sopra
No tempo das lições...
Comunga o verbo amar
Na prece do mundo imundo de hipocrisias
Finca sua espada no efêmero e fugaz
Porque jaz o hipócrita que o renega
O bravo não foge a luta
Sustenta a liberdade
Beija a face do destino...
Errante percorre as limitações do homem
Sustenta o mundo dos poetas
Em encontro de almas renasce
Se fortalece, colhe os frutos
Das sementes de amor que implantou
Em solo amado e gentil de poesias
No ceifar da alma pujante de batalhas vencidas
De fadas, guerreiros e magos...
Criados no útero da mãe vida!
Em 29 de agosto de 2005