madrugada...

a noite afora

a insônia escancarada

o urro do silêncio chora

a alma despedaçada

as teclas mudas, e vai-se a hora...

o sino da igreja calado

os amantes não sussurram

o relógio amofinado

pro peito os anseios empurram

e a secura do cerrado

e o tempo não passa. Murmuram!

exausta a cama

e o vazio de sua ausência

acordado. Olhar na lama

e me engole, sem paciência

está noite um drama!

amanhã reticência...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19/09/2019, 03’05”

Araguari, Triângulo Mineiro

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/09/2019
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6749140
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