SOPRA A BRISA
Sopra a brisa morna da noite
Refazendo as energias roubadas,
As dores que foram provocadas,
Em nome da cruel e violenta
Guerra urbana, que persegue o ser,
Desde o ventre, mesmo antes
De ser liberto da placenta.
Sopra a brisa, vê se tranquiliza
Os ânimos que estão tão acirrados,
Os corpos que já cansados
Buscam um pouco de ar puro,
Revigorante, que traga a lucidez,
E com esta, a harmonia, o equilíbrio,
Coisas tão difíceis nesses dias.
Sopra a brisa, seja noite ou amanhecer
De um novo dia, traz o perfume da natureza,
As mais suaves essências, inebriantes
Que entorpecem as almas sensíveis
Para um refazimento derradeiro.