Sinto um vazio além
No tempo fecho os olhos
Para escapar da falta que sinto
Aborto em pétalas o suave silêncio
Para afastar toda indiferença
Sigo na parte que figura no canto
Pelo individualismo inerente
Que isola o homem em túneis distantes
Encontro sombras recostadas na ilusão
Vejo os olhos floridos num tom lilás
O vazio vai e vem entre os muros
Que divide os sentimentos em orações
Num mundo isolado e complicado
Na luz que brilha para clarear a falta
De um tempo na indiferença
A ausência segue o caminho da luz
E na sombra repouso os meus desejos
Guardo na alma o sigilo de um amor
Aderindo ao pensamento sem tempo
Como um poeta que escreve
Um texto que nunca abriu
Para colorir os anos da minha vontade
Sem gastar a edição da vida
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