Noite insone

Noite Insone.

Nesta noite, a insônia poética

fora m'ha aliada, parceira.

Não me dera brecha, nem trégua.

Simplesmente, consumia-me

segundo, a segundo.

O sono. Meu sono;

esquivara sem bocejos.

Versos vinham em lampejos.

Madrugada fora, leal companheira!

Caneta a punho, papeis sobrepostos.

Poemas outros na (aurora) sendo compostos.

Percebo ao fundo, vasto horizonte.

Onde em sublimar linha, já percebo

o arrebol d'um lindo por de sol.

Descerram-se as cortinas.

Antevejo da (janela) belo jardim,

'a florescer!

Respiro fundo… profundo!

Ar sutil, natural, essencial!

Longos suspiros…

Fortes emoções, sensações!

Em disritmia palpita;

Um frágil coração!

Finalmente descerra novo alvorecer.

Pássaros trilam ao sopé.

Harmoniosa canção.

Novo dia, novas esperanças.

Novas alianças!

Gratidão Senhor dos céus.

Por barganhar uma noite de sono.

Onde o dolo fora;

Crepúsculo, de inspiração.

Adilson Tinoco

AdilsonTinoco
Enviado por AdilsonTinoco em 17/09/2019
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