Noite insone
Noite Insone.
Nesta noite, a insônia poética
fora m'ha aliada, parceira.
Não me dera brecha, nem trégua.
Simplesmente, consumia-me
segundo, a segundo.
O sono. Meu sono;
esquivara sem bocejos.
Versos vinham em lampejos.
Madrugada fora, leal companheira!
Caneta a punho, papeis sobrepostos.
Poemas outros na (aurora) sendo compostos.
Percebo ao fundo, vasto horizonte.
Onde em sublimar linha, já percebo
o arrebol d'um lindo por de sol.
Descerram-se as cortinas.
Antevejo da (janela) belo jardim,
'a florescer!
Respiro fundo… profundo!
Ar sutil, natural, essencial!
Longos suspiros…
Fortes emoções, sensações!
Em disritmia palpita;
Um frágil coração!
Finalmente descerra novo alvorecer.
Pássaros trilam ao sopé.
Harmoniosa canção.
Novo dia, novas esperanças.
Novas alianças!
Gratidão Senhor dos céus.
Por barganhar uma noite de sono.
Onde o dolo fora;
Crepúsculo, de inspiração.
Adilson Tinoco