Nós em qualquer face
Beijei tantas bocas pensando em você
Troquei muitos nomes pelo seu
Percebi desonestidade em cada dizer meu
Fingindo e negando que o meu coração ainda guarda você
Parei de te procurar em cada passo dado
Falei olhando no espelho
Que você moraria no passado
Onde eu não mais te alcanço
Mas descanso minha própria perna
Forçando-me olhar adiante
Na nova aurora que desperta
Te guardo trancado no escuro
Remonto um cenário imaginário
De que tudo de apego
Não me incomoda
Ou talvez não deveria
A verdade é que anseio
Não pela volta
Mas sim pelo encontro
Onde cada passo passado
Sejá ressignificado
E que toda a agonia do peito
Respire a ponto de acalma os nervos
De sossegar os pelos
Arrepiados por causa de tudo que é sentido de mais
Olho para o lado e vejo
Você seguro à mão de alguém montada como eu
Numa grande distância de compatibilidade
Mas na tentativa estranha
De ser quem sou
Não ela com o cabelo ou o sorriso
Mas você por ainda me procurar
Figindo que não
Talvez o nome tenha te encantado tanto
Talvez tu ainda se desmanche em pranto
Procurando meu cheiro
Ou minha fala carregada
Do tanto de água que sou
Talvez teu sorriso, tímido
Fale por si
As suas também tentativa
E que apesar de tudo igual
Ainda é diferente
Porque não é normal
Que tenha se encantado
De novo por alguém tão próximo em aparência
Sinto dizer que não é o mesmo
Que ascendência, a voz, o fogo
Não corresponde
Que embora se tenha o nome
Nunca ouvirá o chamado
Sem tua voz..