Melancolia XIII
Versos,
tudo que sou.
Ferroadas em meu coração
quando penso em teu nome.
Juntei caquinhos que colhi enquanto
aguardava tua volta.
E sabemos que foi em vão.
Promessas anotadas em cadernos escondidos
dos pais foram rasgadas.
Estive preso ateando fogo em meus pensamentos.
Ganhaste força para não sucumbir
em nosso romance.
Que altar belo que contemplo de longe.
Há coroa em tua direita,
emergindo da água palavras que te fazem sorrir.
Bobeiras ditas em segredos,
entrelaçando destinos que cruelmente
serão afastados.
Pomares, que te definem em diferentes formas.
São diferentes,
anonalias sentimentais por coexistirmos
em diferentes tempos,
por diferentes tempos.
Ave de lendas urbanas.
Romances infinitos criados em banheiros.
Choram e sorriem.
Me posiciono diante a ti,
com olhos a penetrar-te a alma
e tirar de dentro de você teu sorriso.
Aquele que imagino antes de dormir
sempre com o mesmo tom,
gargalhadas frouxas de cansaço.
Já pedi aos versos que não me torturem
a escrever por ti,
mas tudo que me vem a cabeça
é o clichê de dizer que te gosto.
Logo o misterioso sentimental que
fugia da vida.
Deve estar satisfeita por acertar
o tiro em meu peito.
Teus olhos, muito mais que fotografias guardadas.