UM LOBO VESTIDO DE GENTE
Nem precisa ser vidente
Frente a caso transparente
Para enxergar por trás da mente
De um dissimulado doente.
Eles se “vestem” de belas capas,
Mas suas ‘farpas’ os desnudam.
Como soa a voz hipócrita
Da fala apócrifa
Do ‘lobo’ mau!
Que tão indecente
Veste-se de gente,
O labo mau.
E o seu mal do qual ‘vomita’
Sua alma excita cada vez mais.
Os dias passam e ele voraz.
Sua sombra escura
Assim perdura
Apodrecida e dura
Cada vez mais.
Então nos resta
Recorrer à fresta
Da luz honesta
Do Salvador.
Que sabe tudo
E dirá, contudo,
Se, é absurdo,
Esperar mudanças,
Ou não.
Ênio Azevedo