SEI LÁ

SEI LÁ

Sei lá d’onde vim

Sei lá pr’onde vou

Sei que estou

Aproximando-me do fim

No intervalo

Dessa perdição

Alegrias e abalos

Pecados e contrição

Quem sabe saiba sem saber

O que irá acontecer

Quando um verme me comer

E nada restar do viver

A existência d’alma

Essa fuga que acalma

Frente ao escuro

Livra-me pensar ser monturo

Doce ou amarga ilusão

O pó sempre será poeira

Parará o coração

Sem monte das oliveiras

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/09/2019
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