SEI LÁ
SEI LÁ
Sei lá d’onde vim
Sei lá pr’onde vou
Sei que estou
Aproximando-me do fim
No intervalo
Dessa perdição
Alegrias e abalos
Pecados e contrição
Quem sabe saiba sem saber
O que irá acontecer
Quando um verme me comer
E nada restar do viver
A existência d’alma
Essa fuga que acalma
Frente ao escuro
Livra-me pensar ser monturo
Doce ou amarga ilusão
O pó sempre será poeira
Parará o coração
Sem monte das oliveiras