Ruinas conhecidas

As ruinas,pontos de partidas,

Muros destruídos, pedras antigas,

Gritos e gemidos,

Lutas e morte,

Vitoria e alegria no sangue Derramado,

Como um bicho domado.

Preso que vi, senti

Ao olhar no espelho, a imagem

Desfez lentamente nas janelas

Da pupila.

Estatuas guardam,

Etátuas guardam

fisionomia sofridas.

O amor, esteve lá,

Nas mãos do artesão

Martelando forte na fúria,

A obra prima.

Não, não ouso dizer;

O nome que a agonia Clamou

A chuva o fogo apagou

Fuligens,

Ah, vertigens,

A dor, no tempo e pedras

Inerte nas estátuas belas,

Sem vida, dura

Cabia na boca do leão,

Descabida a voz do coração,

Diante de uma cidade em ruínas

Lá, muito além,

Inerte, ruínas conhecidas

Na mente do artista.

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 13/09/2019
Reeditado em 13/09/2019
Código do texto: T6744349
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