FLERTE II
o mar olha a nuvem
incenso auspicioso feito das águas
de suas entranhas
agora transformadas em sonhos
o céu contempla
o tapete sobre o cristal das águas
onde os pés da chuva irão pisar
quando descerem
quando o olhar de um arrisca-se no outro
um riso rasga a boca do horizonte
e o grito abafado de tantos tuntuns
anuncia a graça que orvalha