Observador
E logo eu, Que sabia nadar tão bem
Afundei na meiguice de teu olhar.
Sem pensar em ir além
de um esboço pálido de reação no pensar.
Submerso vou neste momento suave
Mãos tocam, corpos ardentes
Bocas, tufões, sandices incoerentes
Fazem querer mais este deprave.
Dança a sereia ao tênue luar
e eu, mero arlequim, um olhar reservo
aos anjos e serafins ao teu lado flutuar.
Num devaneio me entrego qual servo
A esta musa, sereia a encantar
E como que a um cristal, apenas observo.