NO CLARÃO DA LUA
Insônia... Eu abro a janela,
e ao deixar a brisa entrar,
logo invade o brilho dela:
a lua... no seu altar!
Por entre as nuvens, sua luz
difusa, nesse clarão
fantasmagórico, induz
a um alvo mata-borrão.
Madrugada... as horas passam
e evocam mil pensamentos...
Meus olhos já não embaçam,
diante do breu dos lamentos.
Meu olhar busca uma ponte
no horizonte... sim, porque,
do peito jorra uma fonte
de saudades de você...
Multiplicando universos,
mesmo sem tê-lo ao meu lado,
é tarde... eu concebo versos,
num poema improvisado.
Andra Valladares
11/09/2019 - 03:00