vigésima nona miniode
o que não existe
mas pousa
entre o coração
e a boca
entre a alma
e o ouvido
ocluindo
a palavra
distorcendo
o silêncio
transformando gato
em elefante
e lebre
em dromedário
aquilo
que nem parece ruído
e desabrocha tempestade
o que não existe
mas pousa
entre o coração
e a boca
entre a alma
e o ouvido
ocluindo
a palavra
distorcendo
o silêncio
transformando gato
em elefante
e lebre
em dromedário
aquilo
que nem parece ruído
e desabrocha tempestade