Lamentos de uma
Vela Acesa!
Estou abandonada num canto
Enjambrada sobre um velho tinteiro
Numa gaveta prensada, apertada, quebrada
Ou prometida nos pés de um santo
Onde devotam pedidos em desespero.
Se me apagam como vou poder ajudar
Me agastando nem voltam para agradecer
Juro queria até poder mais colaborar
Mas as vezes fico sem entender antes de derreter.
Ilumino os caminhos apagados e duros
Sobre um muro imito a luz natural
Me dão o maior valor deste mundo
Quando da falta da luz artificial,
...que basta chegar, e lá vou eu de novo pro escuro.
Atirada em postas nos pratos
Ou feito gotas congeladas no chão
Peço cuidem posso fazer muito estragos
Se me puserem esquecida sobre um balcão.
Bom, me despeço agora deste meu eterno lamento
Com licença estou me esvaindo e sentindo muito frio
Falei tanto de mim, desabafei até chorei nesse tormento
Que esqueci que morre sempre comigo
O meu eterno amigo,
O inseparável, pavío!
Vela Acesa!
Estou abandonada num canto
Enjambrada sobre um velho tinteiro
Numa gaveta prensada, apertada, quebrada
Ou prometida nos pés de um santo
Onde devotam pedidos em desespero.
Se me apagam como vou poder ajudar
Me agastando nem voltam para agradecer
Juro queria até poder mais colaborar
Mas as vezes fico sem entender antes de derreter.
Ilumino os caminhos apagados e duros
Sobre um muro imito a luz natural
Me dão o maior valor deste mundo
Quando da falta da luz artificial,
...que basta chegar, e lá vou eu de novo pro escuro.
Atirada em postas nos pratos
Ou feito gotas congeladas no chão
Peço cuidem posso fazer muito estragos
Se me puserem esquecida sobre um balcão.
Bom, me despeço agora deste meu eterno lamento
Com licença estou me esvaindo e sentindo muito frio
Falei tanto de mim, desabafei até chorei nesse tormento
Que esqueci que morre sempre comigo
O meu eterno amigo,
O inseparável, pavío!