Imaginação

De branco tua saia pintei.

De verde, tua blusa imaginei.

Teus olhos colori com as

cores dos mais lindos montes.

Teus cabelos, os emprestei à beleza do

horizonte e, para te deixar mais elegante,

o ar, o azul das manhãs e o tom da alva te dei.

Ficastes radiante.

E não podendo me conter,

no teu olhar, escondi três

gotas de orvalho, uma, guardava o teu

encanto, na outra, ouvia-se um doce e suave canto,

na última, do tamanho do meu pranto, um segredo,

que não conto.

Nos meus contos, tenho-te sempre

como minha única inspiração,

que dão-me coragem para contar a

toda gente;

traços do meu silêncio,

o vazio do passar do tempo e

o muito de ti, que ainda penso.

Oh! choro que desengata do meu

peito uma terrível dor,

seria o amor batendo no meu coração?

Ou a espada cortante da minha

Imaginação?

Porventura, ceguei-me

ao ponto de duvidar da tua própria beleza?

Queria eu tanto experimentar a coragem de um Rei,

travar batalhas, levantar troféus, e ao som

do derribar de mil muralhas,

erguer um altar e poder, o teu nome

como um lema de guerra, tanto no ar, no mar

ou na terra,

aos quatro cantos,

gritar.

Mário De Oliveira RSA
Enviado por Mário De Oliveira RSA em 09/09/2019
Reeditado em 09/09/2019
Código do texto: T6740785
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