Filosofia da aranha II

Uma aranha me fisgou em sua teia

E do meu corpo queria se deliciar

Desejava meu corpo como ceia

Eu tentando dela me desvencilhar.

Derrubei ela numa ribanceira

E na areia fomos rolando a brigar

Mas a aranha foi muito ligeira

Se enroscou e começou a me chupar.

Ela se movimentava em cima de mim

E eu já não conseguia me libertar

Eu estava ficando fraco, seria meu fim,

Meu líquido estava a se derramar.

Sobreviver foi uma façanha

Façanha é vivo ainda estar

E poder aqui o causo narrar

Afinal, eu comi aquela aranha.

ANTONIO JOSÉ SALES
Enviado por ANTONIO JOSÉ SALES em 08/09/2019
Reeditado em 08/09/2019
Código do texto: T6740160
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