Filosofia da aranha II
Uma aranha me fisgou em sua teia
E do meu corpo queria se deliciar
Desejava meu corpo como ceia
Eu tentando dela me desvencilhar.
Derrubei ela numa ribanceira
E na areia fomos rolando a brigar
Mas a aranha foi muito ligeira
Se enroscou e começou a me chupar.
Ela se movimentava em cima de mim
E eu já não conseguia me libertar
Eu estava ficando fraco, seria meu fim,
Meu líquido estava a se derramar.
Sobreviver foi uma façanha
Façanha é vivo ainda estar
E poder aqui o causo narrar
Afinal, eu comi aquela aranha.