A Floresta
Rica floresta de verde escuro deslumbrante
pássaros azuis que voejam levados pelo vento
numa sinfônica ruidosa, mágica, incessante
em dia farto de cores, puro deleitamento.
A flor embevecida no orvalho como se fosse um elixir,
tem pétalas vermelhas e ao beija-flor corteja
presa à terra fértil e pura, jamais irá sucumbir
aromatizando a brisa que as plantas bafeja.
Riachos que correm entre as frondosas árvores
onde há uma centena de ocultos desejos...
trazidos pelas luas que presenciaram amores
em noites de palpitar de corações e beijos.
Floresta airosa, em fogo brando ao entardecer
quando o sol procura seu sono profundo...
descendo lento em lâminas douradas a escorrer
no entoar de sons da natureza, em pulsar fecundo.
Interações:
Poeta Jacó Filho.
Eu ouvia o seringueiro,
Às margens de igarapés,
Mais o pássaro ferreiro,
Numa floresta de pé...
Poeta Fernando A Freire.
Era uma vez uma floresta, verde e amarela. De repente, tudo se
avermelhou. A água não apaga o medo, o ódio, o terror... A fauna é
estorricada. A passarada debanda em revoada. A flora queimada para
a terra ser doada. Ninguém caça. Ninguém passa por essa cortina de
fumaça.