DELÍRIO

DELÍRIO

Delira e pensa sonhar

Pesadelo é par

Na manhã ímpar

Em que luz não é sol

Nuvem é arrebol

E águas salgadas

Descem pela superfície

Toda ela rugosa

No que já foi rosa

E agora perto do fim

Não está dentro

Tampouco in

Está fora

Out

Do contexto

Já não há texto

Que descreva a solidão

Apenas respira e ainda

Ouve o coração

Mas nada houve

Há ou haverá

Somente despedida

A morte pela ferida

Neste início de fim de vida

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/09/2019
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