FRAGMENTOS (coisas que escrevo e deixo de lado)

Se não é fácil ser difícil,

e se é difícil ser fácil,

desfaça essa face

e construa um "edifícil".

Eu vejo a casa,

não há festa nem tem cachaça,

os de casa, se casam na praça,

essa praça tem igreja

e muita graça.

Não é coisa que se faça,

não é bom casar na praça,

a igreja está ali para quem passa.

Praça, igreja, e os de casa,

são da Bahia, que massa!

Diminuir o passo,

pela noite dessa vida,

um olhar com menos ver,

com desgaste, é lançado

em sentido à lamparina,

esquecida e pequenina.

Sua ígnea e bela chama,

sem fumaça e tão querida,

era flor quando menina,

mas agora não tem cor.

Teria ouvido sem antes ver,

pois meu ouvido não ouve-me,

eu quero ver, pois nem mesmo vi

o que eu via em Paraty.

Teria visto, mas só por ver,

de vez em quando, eu até olho-me,

pensam-me louco e nem sorri,

calo-me pouco, sou para ti.

Turbante,

turbante de barbante,

barba, turbante,

turba, turbante,

tur,

bante,

ante,

distante,

turb,

instante,

bante,

entediante.

Brilha a luz que luz,

e que não quer brilhar,

seu brilho só brilha,

ou faz brilhar,

o amor e o luar.

Venho com meu amor,

ver o mar,

sinto sua carinha,

com carinho,

profundo caminho,

vir transbordar,

o muito que vi,

em meus olhos,

a sussurrar

Fonte, fontana,

fronte de Ana,

a me afrontar.

O final enfana,

para Ana voltar,

o fino do fio,

que vem afinar.

Rosa,

Ana,

Rosana,

Roxana,

Hosana.

Vida surge,

consome,

é consumida,

some.

O lustre caiu.

Deve ter sido o peso da luz.

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 07/09/2019
Código do texto: T6739249
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