FRAGMENTOS (coisas que escrevo e deixo de lado)
Se não é fácil ser difícil,
e se é difícil ser fácil,
desfaça essa face
e construa um "edifícil".
Eu vejo a casa,
não há festa nem tem cachaça,
os de casa, se casam na praça,
essa praça tem igreja
e muita graça.
Não é coisa que se faça,
não é bom casar na praça,
a igreja está ali para quem passa.
Praça, igreja, e os de casa,
são da Bahia, que massa!
Diminuir o passo,
pela noite dessa vida,
um olhar com menos ver,
com desgaste, é lançado
em sentido à lamparina,
esquecida e pequenina.
Sua ígnea e bela chama,
sem fumaça e tão querida,
era flor quando menina,
mas agora não tem cor.
Teria ouvido sem antes ver,
pois meu ouvido não ouve-me,
eu quero ver, pois nem mesmo vi
o que eu via em Paraty.
Teria visto, mas só por ver,
de vez em quando, eu até olho-me,
pensam-me louco e nem sorri,
calo-me pouco, sou para ti.
Turbante,
turbante de barbante,
barba, turbante,
turba, turbante,
tur,
bante,
ante,
distante,
turb,
instante,
bante,
entediante.
Brilha a luz que luz,
e que não quer brilhar,
seu brilho só brilha,
ou faz brilhar,
o amor e o luar.
Venho com meu amor,
ver o mar,
sinto sua carinha,
com carinho,
profundo caminho,
vir transbordar,
o muito que vi,
em meus olhos,
a sussurrar
Fonte, fontana,
fronte de Ana,
a me afrontar.
O final enfana,
para Ana voltar,
o fino do fio,
que vem afinar.
Rosa,
Ana,
Rosana,
Roxana,
Hosana.
Vida surge,
consome,
é consumida,
some.
O lustre caiu.
Deve ter sido o peso da luz.