A janela de um tempo
 
Eu tenho medo do que está longe
E pode entrar pela janela do tempo
Construindo um futuro duvidoso
Que degrada a essência humana
 
Eu tenho medo da água que passa
E sufoca as avenidas expostas
Afogando as magoas de quem vai
Na inversão dos valores em transe
 
Eu tenho medo de dormir na noite
E perder a parte da vida que vem vindo
Para desfrutar o silêncio contido
Na minha alma agitada e sem regras
 
Eu tenho medo de sonhar em queda
De uma altura inventada em ritmo
Afastando o medo frágil que segue na hora
E conforta os olhos da luz em raios
 
Eu tenho medo de pensar em nada
E descobrir o reflexo do que não sei
Deixado no canto de alguma ideia
Que ilumina a rota dos meus versos
 
Eu tenho medo da sombra no escuro
Que perpassa e atropela os meus nervos
Sinto o gosto que desliza sagrado
Em todos os sonhos que ainda não sonhei



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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 06/09/2019
Reeditado em 06/09/2019
Código do texto: T6738957
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