Erguer muros de vento e depois lembrar onde os coloquei...

não conto o tempo.
pois, quem sabe onde o tempo vai?

(...) desaparece como orvalho da manhã
tal miragem afetiva
que se vai... mas está em todo lugar.

sonho pegá-lo no chão com uma espátula...
e quando o que restar for nada
fazer do nada uma casa.
erguer muros de vento
enquanto tudo se despedaça
afundando no horizonte.

criar-me asas para correr o silencio das nuvens

(e dentro de mim) num átimo de tempo
fazer um efeito de sol
contentar-me.

enquanto sou feita à sombra.
sem tormento.

 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 04/09/2019
Reeditado em 04/09/2019
Código do texto: T6737082
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.