XEQUE-MATE (ou cena do dia a dia)

El Rei trotava em seus Cavalos

Pelos gramados do reino

Soube o que todos sabiam

Dama Negra e Bispos tramavam

Em segredo nas Torres do Castelo

Tomar de El Rey a coroa

A peãozada olhando...

A peãozada a quem nada é segredo...

Morrendo de medo

El Rei aproximou-se da torre

Anunciou um rock

Dama sentiu-se em perigo

Seu reinado em xeque

Cheia de não me toque

Fingiu-se em estado de choque.

A peãozada olhando...

A peãozada com ares de moleque...

Fazia o sinal da Cruz,

Dama prostrou-se em falsa oração

Socorreu-se de todos os Santos

Pedindo proteção

Mentiras são sempre iguais

Sal grosso e água benta

Em todos os cantos das Torres

Os bispos benzeram... benzeram

E fugiram pelas diagonais

A peãozada olhando...

A peãozada sorrindo desatenta...

Devoravam-se uns aos outros

Dama Negra derrotada

Recolhida a um cantinho

El Rei, em glória pela vitória

Distraído, nem percebeu

Solitário peão na estrada

Sentindo-se guerreiro

Correu todo o tabuleiro

Nova Dama Negra coroada

A El Rey sorria abraçada

A peãozada olhando

A peãozada sem entender nada...

Festejou... festejou... festejou...

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 04/09/2019
Código do texto: T6736981
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.