A Margem
Tem gente morrendo em minha porta/
Ouço o gritar, as vezes o rir e muitas vezes o chorar/
Dizendo me amar/
Apático de dores/
Me limito apenas a calar/
Meu coração não fala/
Falo de amor da boca pra fora/
Não consigo amar/
Uma mulher bonita me chama a atenção/
Mas não sei como me aproximar/
A sociedade é uma coisa/
E essa coisa mata/
Somos filhos de uma natureza/
Que alguém paga pra gente não enxergar/
Precisamos olhar pra dentro/
Aprender que o essencial se ver com o sentimento/
Quem sabe assim, o mundo volte a ser um paraíso/
E tenhamos uma paz/
Sem a contrapartida da guerra/
Essa é a nossa era/
Precisamos recomeçar/