Quanto pó...

farejo o pó

que resta nos sentimentos

chafurdados

na lama do desgosto

da desilusão

tenho pena

da inatacada volitude

de se tentar uma vez mais...

sejam moços ou velhos

almas ignóbeis

essas que se assentam

na miudez da espera

de que a vida lhes escorra

sem a próxima mágoa

para recomeçar com a aposta

numa nova arquitetura do destino

quanto pó...

que retira o valor da vida!

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 29/09/2007
Código do texto: T673640