Quanto pó...
farejo o pó
que resta nos sentimentos
chafurdados
na lama do desgosto
da desilusão
tenho pena
da inatacada volitude
de se tentar uma vez mais...
sejam moços ou velhos
almas ignóbeis
essas que se assentam
na miudez da espera
de que a vida lhes escorra
sem a próxima mágoa
para recomeçar com a aposta
numa nova arquitetura do destino
quanto pó...
que retira o valor da vida!