Labirinto

Ás vezes o céu amanhece de mal

Ás vezes meu bem é tão mal

Ás vezes a rainha é feita de sal

Mas não é do mar

E a solidão é cerzida no cal

Ás vezes a vida é um caos

Mas nada disso faz sentido

Quando te sinto no coração

Ás vezes o silêncio se amplia

E alcança o infinito

Ás vezes somos só um rosto bonito

Ás vezes meu dia está no infinitivo

Ás vezes as ruas são todas contramão

E a solidão é uma rosa espetada na mão

Ás vezes a vida é um nau

Mas nada disso faz sentido

Quando te sinto no meu corpo

Ás vezes o silêncio se amplia

E alcança o infinito

Ás vezes as portas não tem trincos

Ás vezes trinco teus olhos aflitos

Ás vezes me tranco por fora do labirinto

E a solidão nos acha aos trancos

Á vezes a vida é um risco

Mas nada disso faz sentido

Quando te sinto na alma

Ás vezes o silêncio se amplia

E alcança o infinito.

Milton Oliveira

02set/2019

milton antonios
Enviado por milton antonios em 02/09/2019
Reeditado em 02/09/2019
Código do texto: T6735512
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