A covardia da desistência
Eu não sou mais dali, de lá, de cá, nem de ninguém
Aprendi, machucada, que quando você concede a real possibilidade de se dividir com alguém
Você se diminui
Porque ao menor sinal de amor
Te tiram os pedaços
Mas, me mantenho na firmeza do que me restou
E me recomponho otimista
Esperando um amanhã de céu azul
Me refaço como as árvores após o inverno
Me submeto e obrigo a me reinventar
Ainda que na dor
A apagar quem me deixou só e não teve compaixão
Que egoísta soltou a mão do amor e se misturou à fria solidão
Que o destino tenha um caminho para aqueles que se acovardam e os ensine a ter forças para lutar um dia
E que ele ainda tenha misericórdia das minhas lágrimas, que hoje apenas ardem incessantes em chamas.