A covardia da desistência

Eu não sou mais dali, de lá, de cá, nem de ninguém

Aprendi, machucada, que quando você concede a real possibilidade de se dividir com alguém

Você se diminui

Porque ao menor sinal de amor

Te tiram os pedaços

Mas, me mantenho na firmeza do que me restou

E me recomponho otimista

Esperando um amanhã de céu azul

Me refaço como as árvores após o inverno

Me submeto e obrigo a me reinventar

Ainda que na dor

A apagar quem me deixou só e não teve compaixão

Que egoísta soltou a mão do amor e se misturou à fria solidão

Que o destino tenha um caminho para aqueles que se acovardam e os ensine a ter forças para lutar um dia

E que ele ainda tenha misericórdia das minhas lágrimas, que hoje apenas ardem incessantes em chamas.

ReCosta
Enviado por ReCosta em 02/09/2019
Reeditado em 14/09/2019
Código do texto: T6735123
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.