O silêncio como oração
O silêncio segue na essência em tempo
Sensível e resignado como uma oração
Na virtude pálida do âmago
Que vibra no leve tom de sua voz
As nuvens se entrelaçam no espaço
Transformando a oração em poesia
Num silêncio que se prolonga
Pelo descaso inflamado da noite
Seja santificada a luz da lua
Que vibra na angústia solitária
Lavando a alma na ternura que perpassa
Enquanto escorre no tempo o deserto
A noite cuidadosamente se isola
Cobrindo o destino que segue horas riscadas
Como o manto do orvalho transparente
Caído sobre o altar em rosas
Num silêncio enfático e brilhante
Através da página que surge escrita
Fica a noite ao som dos passantes
E a oração segue em pleno silêncio
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