O silêncio como oração
 
O silêncio segue na essência em tempo
Sensível e resignado como uma oração
Na virtude pálida do âmago
Que vibra no leve tom de sua voz
 
As nuvens se entrelaçam no espaço
Transformando a oração em poesia
Num silêncio que se prolonga
Pelo descaso inflamado da noite
 
Seja santificada a luz da lua
Que vibra na angústia solitária
Lavando a alma na ternura que perpassa
Enquanto escorre no tempo o deserto
 
A noite cuidadosamente se isola
Cobrindo o destino que segue horas riscadas
Como o manto do orvalho transparente
Caído sobre o altar em rosas
 
Num silêncio enfático e brilhante
Através da página que surge escrita 
Fica a noite ao som dos passantes
E a oração segue em pleno silêncio

 




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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 01/09/2019
Reeditado em 02/09/2019
Código do texto: T6734737
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