O parto de todas as horas

Pés descalços

Sob as areias de oyá

No deserto

Incerto

Transitava com a visão turvada

E a coroa bloqueada, impedindo a luz de acessar

Na regência da inconsciência

Divagava os seus dias com lágrimas no olhar

A luz sempre presente

Mas faltava-lhe, anahata lavado, puro, a brilhar

A sétima linha

Veio para desmistificar

E trazer a compreensão de todo o genuíno ensinamento

Que a comunhão dos espíritos estavam a jorrar

Hoje, permeado de eternas rosas

A existência feito dança veio o embalar

E cantando de peito aberto nos mananciais de águas

Que o levará para oxalá

E no parto de todas as horas

Será abençoado pela divina mãe: Iemanjá

Odoyá, odoyá, odoyá ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 01/09/2019
Reeditado em 28/01/2022
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