O parto de todas as horas
Pés descalços
Sob as areias de oyá
No deserto
Incerto
Transitava com a visão turvada
E a coroa bloqueada, impedindo a luz de acessar
Na regência da inconsciência
Divagava os seus dias com lágrimas no olhar
A luz sempre presente
Mas faltava-lhe, anahata lavado, puro, a brilhar
A sétima linha
Veio para desmistificar
E trazer a compreensão de todo o genuíno ensinamento
Que a comunhão dos espíritos estavam a jorrar
Hoje, permeado de eternas rosas
A existência feito dança veio o embalar
E cantando de peito aberto nos mananciais de águas
Que o levará para oxalá
E no parto de todas as horas
Será abençoado pela divina mãe: Iemanjá
Odoyá, odoyá, odoyá ...