Mergulho
Oh, mar das minh' almas por que ris e choras?
-Trago esse coração esculpido em sal,
Iluminado pelo prateado luar,
morada de assombros mitológicos.
O que me afaga é o encontro com o Rio,
Sempre que o sinto me devolve à paz.
Doce rio...
De céu aberto e correnteza tranquila...
Tu lavas essa dualidade
Que sempre me custou o pranto!
Ainda por aqui se esconde,
Nem sei por onde tantos monstros!
Deixo que as almas escorram e
Rogo que renasçam em rios de afeto.
Choro sentimentos por um fio
E sorrio, pois ainda me afogo em esperança
De sempre, sempre tocar meu mar com teu rio!